A oferta apresentada ao mercado eleitoral reduz-se a um jogo onde se gladiam a retórica, a aparência, a forma. Não obstante o oligopólio partidário vigente, continua a ser a procura que determina a oferta, cabendo em último termo, ao eleitor a escolha de paradigma que molda a captação de indivíduos para os mais altos órgãos da nação. Destarte, importa reter que o (indivíduo) mediano não nos serve e com o actual arquétipo são raras as vezes em que essa barreira é ultrapassada. Assim é porquanto, em geral, somos um povo consabidamente pouco produtivo, de fraca ética e método de trabalho (os resultados económicos hodiernos assim o ditam).
Só os melhores interessam e à priori, não creio existir mecanismo mais eficiente para avaliar em que condições se encontra o candidato para o melhoramento do panorama global, do que acalentar o juízo de competência na gestão da sua vida académica e profissional. Assim se faz no sector privado, tornando-se imperioso o fazer no sector público! Escolheria algum daqueles candidatos para gerir a sua empresa, assuntos contabilísticos, salários? Bom, a verdade é que através de uma eleição o está a fazer.
Convido a reflectir comparando as credenciais académicas de Merkel (doutorada em física com distinção pela prestigiada Universidade de Leipzig) e Sócrates (“licenciado” em engenharia civil pela extinta Universidade Independente). Há coisas que fazem a diferença.
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