sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A questão




A questão… projectada pela proeminente capacidade-necessidade humana de, incessantemente e, amiúde, de forma maquinal, interrogativamente decompor o status quo e, bem assim, o edifício social arreigado, o próprio padrão comportamental e de pensamento promocionalmente instigado no seio da colectividade, é o centro nevrálgico para a constante evolução civilizacional, jamais obliterada porquanto em incessante movimento nutrido pela faceta inacabada do individuo humano tal-qualmente ser não predeterminado que é, e de facto, malquistado com a realização integral proveniente do que já foi logrado.

A história nos mostra que aqueloutro povo atípico, cuja capacidade-necessidade de interrogação se vislumbra (por motivos oriundos de imposição ou mera auto-aceitação subverniente) atrofiada. Incorreu no abismo da inércia de evolução sintomática da estagnação ecuménica. Em suma, sem espaço a respiro, esquadrinhem as almas que na senda das luzes da sabedoria, questionam, valoram, criticam, e, em última instância reconstituem, senão mesmo, (re)criam, a realidade que nos rodeia, bem assim, expugnam as incipientes teorizações maniqueístas (virulentas e por demais reiteradas) pois foi a partir do génio de homens inquietos, insatisfeitos e inconformados que este mundo se fez, se faz, e se continuará a fazer. 


Carlos M. G. Martins

2 comentários:

  1. Tens uma abusiva sabedoria e uma excelente e rigorosa forma de escrever,parabéns pelo teu empenho e que melhores a cada dia que passa.Sem dúvida, que um dia terás o reconhecimento que mereçes!
    Um grande beijo

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  2. Bem, bem sobrinho, acho que estás no bom caminho. Informação, princípio do contraditório, espírito crítico, tudo características necessárias para o mundo andar para a frente!!!
    Bjnhs

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